A horta pediu água, meio morta Grunhiu o riachinho por um fio Recém Sr. Verão abriu a porta E já mostrou a flor rubra do estio Mas veio feito veio de um tesouro A boca do trovão – anunciação Da chuva inicial, gotas de ouro Regando de esperança todo o chão A noite com estrelas escondidas Desceu no verde campo e na cidade Alívio sobre as vidas ressequidas Com a chuva (feito a mão da caridade!) A Lua nem sequer fez um recato E derramou-se do rio para os lodos Os grilos orquestraram lá no mato Renascem folha e flor: O pão de todos!