No rastro da rima incerta Cavalgada de versos mundanos A pena vacila num sinal de alerta Na trilha insana dos anos O lastro longo da escrita Nos acordes de um poema A poesia salta e levita No vasto branco da cena No rastro das rimas meu canto Dissona de versos comuns A vida por vezes é um pranto Num mundo sem verso algum O grafite verga o espaço Solução da face no espelho Retângulo na ponta do aço Expressão de um risco vermelho A ranhura singela do traço Clareia o doce verso dos meios Desliza a impressão do abraço Dos olhares de mel e devaneios