Mate, amargo da vida Que sorvo em feridas e sigo aquentando No meu coração a água aquecida Vivências amargas Que amargo na vida A bomba, a cuia A erva, a chaleira A água, parceira Então vou tomar Mateando solito à sombra rancheira Que assim é bonito ver o Sol Se deitar Mateio lembranças que a água me lança São tempos vividos em outros lugar Sinto que a erva, no verde que ceva É o meu campo que estou a tomar Sorvo ilusões e desejos No fogo onde aqueço e me deixo vencer Que a água é resto de mágoa Rolando no rosto, querendo correr Dentro do peito existe uma chama Que vive e clama pra não se apagar Um gole de trago, depois o amargo Como se a vida eu estivesse a tomar