Vou de volta minha prenda Com ânsias de madrugadas Vejo teus olhos - luzeiros Pelo céu da minha estrada Quero noites de tormenta Troando nas primaveras Pra te aninhar no meu peito Templo de tantas esperas Trago na ponta dos dedos Intenções de peregrino De percorrer o teu corpo Coxilhas que eu descortino Quero um coro de silêncios Penumbra de arrebóis Brisa soprando nas velas Navegar entre os lençóis Vou voando lentamente Nas asas do teu perfume Entre imagens e recuerdos Passeio qual vagalume Quero amanhecer sereno Um sorriso ao acordar E na minha cuia morena Ter um mate a me esperar