A morada que eu habito tem estrelas cintilantes Iluminando minha alma Tem léguas de campo verde Se estendendo nas planuras Do meu olhar infinito Tem mata escura, fechada Guardiã dos meus mistérios Tem Sol pras manhãs de maio Tem chuva pros meus setembros Quando floresce a esperança Não há sobressaltos nem guerra A morada que eu habito Não carece dos adornos Das flores artificiais Não precisa da fumaça E nem de tanto veneno Necessita é de respeito Paz, amor e consciência Pra sustentar seus esteios Tem canto de passarinho Pra me acordar nos verões Tem vento que sopra leve Retumbando corações O ritual de passagem Tem quatro tipos de Lua Pra demarcar o meu tempo Lá vem a estrela charrua