Que digam que estou dormindo E que me tragam aqui Eu quero ficar morando Na terra onde nasci Assim cantava com todo sentimento Pondo na voz a alma da canção Talvez tivesse o cruel pressentimento Que a morte o buscaria abraçado ao violão Foi teu orgulho ser nosso cancioneiro Cantando coisas bonitas de amor Sempre falando de um povo soberano Que chora de alegria e ri da própria dor Quando um dia chegar Minha ilusão infinita Eu quero ficar morando Na minha Barra Bonita Descanse em paz, Belmonte meu amigo Pois cobiçara a terra que te amou Em tua campa tem flores de lembrança Molhada com o pranto de um povo que chorou Morreste logo, Belmonte meu amigo Tão aplaudido do norte até o sul Hoje só resta lembrar suas canções E nunca esqueceremos que assim cantavas tu Eu preciso ir pra ver tudo ali Foi lá que nasci, lá quero morrer