Miltinho Edilberto

Natureza Oculta

Miltinho Edilberto


Quem ainda não sentiu
A natureza oculta
Ainda não viu nas sombras
Movimentos leves

Multa para os nossos olhos
Sonolências breves
Que há muito tempo existem
Fadas, dríades, elfos, duendes
Lendas que ascendem
Quando vemos o que somos

Seres que querem a luz
Mas agem qual gnomos
Sombra do homem assombra
A própria evolução

E haja curupira, caipora
Caipira, guardiões
Mães que defendem a terra
Quando quase nada resta
Córregos, florestas
Os elementos naturais

Casa dos elementais
Que cada vez se escondem mais
Achando que os homens são
Todos eles iguais

E no fim ser amigo
De anjos, arcanjos
Ao som de banjos e violas
Respirando silfos
Banhando-me ondinas

Me purificar no fogo
No jogo da salamandra
E tantos outros mantras
Santos, todos prontos

E tantos outros cantos pronto
Todos santos

Casa dos elementais que cada vez se escondem mais
Achando que os homens são
Todos eles iguais

Elementar meu caro homem
Carece carisma caríssimo totem
Prisma da cidade trote
Mote do meu verso
Motivo disperso de encantar pequeno
Seres do Universo

E tantos outros cantos pontos
Todos prontos
E tantos outros mantras Santos
Todos prontos