Trago no peito uma saudade tão doída Tão cruel, tão atrevida Que eu não posso controlar No pensamento, aquela flor maravilhosa Flor morena e formosa Que se foi pra não voltar Lembro das noites de canções e poesias Noite adentro a gente ia Eu cantava só pra ela Meu canto é triste desde que ela foi embora Pois até minha viola chora de saudade dela Viola está chorando Chorando está meu coração Meu desespero, meu sufoco Desabafo pouco a pouco na magia da canção Preso nas garras dessa dor tão impulsiva Feito um barco à deriva Vou vivendo por viver Viver sem ela é não ter sol, não ter abrigo É bem mais do que um castigo É pior do que morrer Solto meu grito, meu apelo, meu lamento Vai, meu canto, vai no vento Vai até onde ela está E pede à ela que devolva minha vida Tô num beco sem saída Pede à ela pra voltar