Meu pai contou sua história Seu filho não esqueceu Falou-me de sua infância Boiadeiro ele cresceu Chapéu sujo de poeira Das estradas do sertão Passava meses viajando Seu mundo era solidão Nas paradas de pousadas Reuniam a peonada Meu pai contava histórias De estouros de boiada Nas noites de Lua clara Cantava uma canção Pontilhava na viola Alegrava seu coração Meu pai hoje está velhinho Não pode mais trabalhar Quando lembra seu passado Dá vontade de chorar Boiada não toca mais A viola silenciou Só resta uma saudade Do tempo que se passou Só resta uma saudade Do tempo que se passou Só resta uma saudade Do tempo que se passou Só resta uma saudade Do tempo que se passou