Tão magnetizada pela loucura sã do dia a dia Perdida nas delícias de um gozo imaginário Acalorada nas mentiras das noites frias Eu vi você ali, sorrindo Rindo de mim Maltratando a minha sanidade Meus lábios, seus beijos Meu velho garoto, menino homem Me entorpece e se arrasta em minhas costas tortas Como a luz de uma estrada revolta Como eu antes de você, talvez morta Nos pés, o riso Por que ri de mim? Me desprende a monotonia da monogamia e assim Tem várias de mim A santa e a puta O amargo e a fruta O céu e o inferno O lume e o cume O meu e o fel Não te quero meu mundo não é seu Adeus, amor ateu