Arranjamos amplos limites, Tumultuamos nossas autonomias, Desperdiçamos assuntos pertinentes, Insensíveis as anestesias. Recordo-me com requintes, De desprazeres absolutos, Das ceias natalinas Que não passamos juntos. Das franjas esvoaçantes, Do ranger do bebedor, Das transpirações dançantes, Do calor do cobertor. Do evangelho que lhe teci, Do inesgotável, daqui e dali, Das letras tolas que lhe ofereci, De: Mim / Para: Ti Dos poros que te aspiram, Da mutação das enzimas, Destes termos que desconheço, Dos alucinógenos e das morfinas. Não me interessam as pesquisas, Nem os avanços da medicina, Se os astronautas vão a Marte, Ou se a Arte sincera ensina. Me atenho ao rito da salvação, Glória a ti, Diva da Devoção ! Das agitações desgastantes, Do furor ao nosso redor, Das pausas gritantes, Do adocicado licor. Do evangelho que lhe escrevi, Do inesgotável, daqui e dali, Das letras tolas que lhe ofereci, De: Mim / Para: Ti