Refaço as horas pra compor a calma em si Da insegurança que destrói a alma Ria das lágrimas enquanto chora Divergem os pontos de vista da vida Que fere sem medo e sem opção, leva tempo, mas decisões que curam feridas Afere pesos e medidas Profere liberdade, engolindo seco a certeza de estar preso Quem carrega o peso disso tudo? Se tem espaço e o mundo escuta, quem tá mudo e quem tá surdo? Na garra do falar com a esperança do ouvir alheio, nos encontramos na fadiga de berrar Tente sentir o que sinto quando meu sorriso esconde E quando a fala cessa, nem sempre quem cala consente Na busca do ser vivente semana após semana Onde ser sobrevivente é a maior demanda A vida requer intrepidez, entende? Plantar ou colher, o que tá mais em escassez? Homens, se afoguem em suas verdades Eu quero é mais que eles se queimem naquela fogueira Atento a cada detalhe da receita Um bom fazendeiro se alegrará com o resultado da sua colheita Palavras ditam corações Precisamos de chaves em meio a tantas âncoras e canhões Refaço as horas pra compor a calma em si Da insegurança que destrói a alma Refaço as preces pra que a vida tenha luz Eu vou pedir pra que protejam-nos Refaço as horas pra compor a calma em si Da insegurança que destrói a alma Refaço as preces pra que a vida tenha luz Eu vou pedir pra quem? Sensatos sentem que já nos falta dentes Olho por olho essa porra nos torna cegos Tive que abrir pra não me ferir e não te ferir E vi que estamos ao Cabo da Boa Esperança É atraente, mas pode ser o fim Parcela de culpa vem de berço E tente ver que só cresço e mudo pra que não se perpetue essa condição Quando não mais eu temer a mudança O mundo é um homem que te fode e num te faz gozar Vira e dorme, sonhos tão frígidos, fazem brochar Amor, o motivo de não dormir cedo É que todos dias sou convidado a conhecer o porquê dos meus medos De frente pra vários abismos Frio na barriga, mas isso são aulas Aprenda criança O peso de parar ou continuar Pra saber o que pesa mais, cada dia é uma balança! Refaço as horas pra compor a calma em si Da insegurança que destrói a alma Refaço as preces pra que a vida tenha luz Eu vou pedir pra que protejam-nos Refaço as horas pra compor a calma em si Da insegurança que destrói a alma Refaço as preces pra que a vida tenha luz Joelhos e lágrimas já não protegem mais os nossos, oh