Esperava que a vida a mim mostrasse que o medo Que o medo de morrer não era mais tão natural Que aquela velha promessa pra mim seria eterna Mas essa tal eternidade é mais finita que o próprio final Meu coração está dilatado e é somente um rio vermelho E minhas artérias confundidas com um grande canal Uma vela e uma colher representam tanto medo O resultado é atraente mais não sei se... Isso tudo é legal, Pessoas juntas por motivos paralelos Sinto-me como um carro que a chave se perdeu Não sei se vale à pena tanto esforço Não sei se vale à pena tanto desgosto E no momento que quis saber onde estava o meu "eu" As marcas que pra mim eram atraentes foram me deixando mal Hoje vejo ossos na terra e nela vivemos As borboletas, sim, são belas e as montanhas são eternas Eu podia fechar meus olhos e imaginar que algo estava lá Só que se foi e eu não estou mais aqui pra contar Tudo pode se tornar um mau, quando o ofendido Talvez se sentira lisonjeado Por quanto tempo a de se esperar Por quanto tempo a de se pecar Estou desistindo, o que me faz ser esquecido Ser a lembrança de um dia ter vivido O futuro se apresenta tão escuro Que o que se perdeu está opaco e seco