E eu tô distante da verdade crua, pura E quanto mais fico a procura, pra mais longe ela pula Mente burra me prendendo no meu próprio dilema Meu problema foi achar que essa verdade me cura Amor eu devo ser um ser antigo Pois sinto que já vivi tudo isso daqui Mais de uma vez contigo Têm estradas que construí mas não sigo Pois sei bem onde dá E eu não gostei do próprio castigo Criamos muros e fronteiras Buracos e trincheiras Pra não ver que o outro comete erros à nossa maneira Somos iguais e odiamos nossa semelhança A diferença fez a gente construir barreira Ignorância sobre a mesa O banquete ta posto e o imposto é ódio E ainda vem de sobremesa A vida é um presente embrulhado Que eu não recomendo abrir Porque tu sabe o que tem dentro Morte não é surpresa As vezes sonho que depois da vida eu tô num tribunal Meus erros são promotores e eu não tenho defesa Na mesa tem uma balança onde minha mente pesa Minha raiva cresce até o ponto que rompe minha represa Beleza, daí pra frente fica um pouco turvo Vejo o mundo pelos olhos do corvo Entre bem e mal não sei pra qual eu torço Pois o cidadão de bem mata mais que um fuzil semi novo E quem me dera eu fosse eloquente Fizesse perguntas e avistasse respostas a frente Pois se fosse o caso eu rimaria diferente Se eu perguntasse menos incomodaria muito menos gente E se eu perguntasse menos saberia menos ao menos Dizem que burrice é bênção atualmente Eu não entro numa igreja facilmente 10 anos então concordamos que eu não vivo Abençoadamente Brigo com os deuses diariamente Pois criaram o mundo E espalharam um pensamente doente E que o mundo nos pertence e que fazemos tudo o que queremos Não é à toa que a humanidade não anda pra frente Preconceito virou hobby de playboy Que não assume que erra porque a consciência dói Permanece no erro indiferente Pois o pai proíbe que ele use a mente Com medo de criar um rebelde Padrões de antigamente fedem Recomendo que cês desistam das ideias que me pedem Quem com ferro fere com ferro sera ferido Não sou mais comovido com o choro no rosto, que me ferem Sou um hipócrita que comete pecados em versos Sempre que me expresso agrado alguns e incomodo o resto Trago frases de efeito que não me surtem efeito Pois sou louco de um jeito Que num cabe no verso Minha mãe me disse para eu parar de ser inocente Não acreditar em gente Pois o ser humano mente Mata por dinheiro pra comprar o que não se vende E no fundo tanto fez tanto faz porque o racional não sente E difícil discordar desse argumento Eu abro a janela de caso e vejo raiva e sofrimento Preconceito, intolerância, discriminação, arrogância Ostentação, prepotência e Muito julgamento Vejo discórdia e miséria, petróleo e guerra Índios protestando por suas terras Protestantes protegendo ideais separatistas E artistas se importando muito mais c Om dinheiro do que com ideia Não sei se nós ta na terra ou no inferno Nem se no fundo essa pergunta ainda importa Porque o anticristo já bateu na minha porta Me ofereceu muito dinheiro vivo Em troca de muita gente morta Cansei de ser passivo na mudança Quero trazer mudança enquanto ainda tô vivo Não quero que nossos filhos tenham nossos medos Por isso meu trabalho transmite esperança Acredito que mudar ainda é o verbo certo Acredito que a mudança tá no livro aberto Acredito que o governo não quer a mudança Por isso o país tem tanto analfabeto O caos rodeia Sei que tu anseia Volta pra ter amor O perdão se foi Veja como dói Deixei pra depois e o tempo passou