Eu fui em um sarau, onde só entrava os excluídos A margem da sociedade reunida pra destruir seus ídolos É a festa dos excluídos É a festa dos mais fudidos É a festa de quem não é visto A festa de quem sobrevive só com o mínimo Eles amam militares, querem ditadura de novo Amam a bandeira mas odeiam o nosso povo Eles odeiam com paixão Chamam Cristo de esquerdista porque ele disse: Reparta o pão Eles amam censura, tortura Eles são sádicos, gozam vendo a viatura Eles não vão com a minha cara e eu gosto disso Eles odeiam minha arte pra mim isso é um elogio Eles odeiam Trans, odeiam Gays Nunca entenderam o que Cristo fez Apoiaram Judas e apedrejaram Madalena Quando Scar traiu Mufasa riram com as hienas Vários otários atrás dos comentários Aperta minha mão e pelas costa ataca com o teclado São fanáticos, lunáticos E se depender daquele Deputado vão estar armados Merda dessa classe merda Fala merda, escuta merda, compra merda Não sou um Sant, mas eles são tudo uns merda Se achando a merda mais chique, mas que merda Eu ando com meu punho cerrado Quando algum babaca mexer comigo vou levanta-lo Meu rap é pra incomoda-lo Desafio você a desenhar um Hitler no rosto de um Bolsonaro Eu fui em um sarau, onde só entrava os excluídos A margem da sociedade reunida pra destruir seus ídolos É a festa dos excluídos É a festa dos mais fudidos É a festa de quem não é visto A festa de quem sobrevive só com o mínimo Quem questiona vira párea nessa sociedade Por favor alguém pare essa sociedade Vai mal desde antes de Descartes Pegue o Senado, o Governo, o "Maralto e descartes Em um plano Cartesiano, nos tiram do centro Só 1% por cento tem 95% por cento Ei boy, escutando Racionais Seus pais defendem a desigualdade eles não são racionais Lendo Adam Smith eles são Mãos invisíveis segurando Smith & Wessons 'Privilegiocracia' são os seus hobbies Na empresa rasguei o contrato de Thomas Hobbes Ei 'jow' olhe esses Loki De Dreadlock citando John Lock “Que país é esse”, perguntava Renato Russo É o contrato social segundo Jacques Rousseau A realidade eles odeiam que eu cante Mas amam criticar do julgamento igual Kant Quem tem conserva e quem não tem se fode Eles amam seus pais conservadores, isso é Freud As máquinas desejantes de Deleuze Odeia quando são pegos no deslize Velhos pensamentos em ruínas Somos a margem e nenhuma força do estado nos arruína Eu fui em um sarau, onde só entrava os excluídos A margem da sociedade reunida pra destruir seus ídolos