Mudando vidas mais que projetos sociais Se o governo não comparece o rap vai lá e faz Tira da mão dos menor o cachimbo Depois que conhece o som a pedra não faz mais sentido Dá pra ele caneta e papel Fala pra ele que o limite nunca foi o céu O maior incentivo é acreditar Coloca na mão dele um livro que ele vai ser capaz de sonhar Querer um trampo que não seja pedir Sair das ruas, ter um teto, o que comer, sem ter que se prostituir Construir sua auto estima, levantar sua moral Sair da invisibilidade que é ser pobre num país todo desigual Ter o dinheiro pra comprar, o azul, o vermelho O balcão, o estoque, o shopping inteiro Porque não hein?! Ser dono do próprio negocio Pagando no cartão, posando de patrão sem ter que roubar relógio Quem não quer boa vida? Ouvir o ronco das hornet e não o da barriga Ostentar miséria é pobreza de espírito Eu não conheço ninguém que tenha nascido bandido O problema é social mas quem se importa A assistência social nem sempre bate na porta Falta educação, oportunidades, é mó treta Sobra pro rap ir até onde nada chega Din din dom, rap é o som Que vai das favela até os maçom Sem distinção de cor ou classe Tamo aqui pela mensagem, e não pela rentabilidade Uma batida que não fere, só interfere Na sua mente, vai na carne e também no cerne Expande a visão, os muleque agora reverbera Eles não quer ver televisão, eles quer aparecer nela Antes na esquina, metendo umas fita Por umas carreira de cocaína Hoje a carreira é outra mudança de realidade O menino do morro virou Deus quando pegou o mic Sem enquadro ou giroflex nos corre A única luz que brilha agora é dos holofote Quem antes vivia pelo vicio quase morrendo Hoje vicia os irmão com dose de conhecimento