Baseado em carne viva e fatos reais É o sangue dos meus que escorre pelas marginais E vocês fazem tão pouco, mas falam demais Fazem filhos iguais, assim como seus pais Tão normais e banais, em processos mentais Sem sistema digestivo lutam para manter vivo Morto, vivo, morto, vivo, morto, morto, morto, viva! Bomba pra caralho, bala de borracha, censura, fratura exposta Fatura da viatura, que não atura pobre, preta, revoltada Sem vergonha, sem justiça, tem medo de nós Não suporta a ameaça dessa raça Que pra sua desgraça a gente acende, (a) ponta, mata a cobra, arranca o pau Tem fogo no rabo, passa, faz fumaça, faça chuca ou faça Sol É uó, (u) ócio do comício em ofício que policia O comércio de lucros e loucos que aos poucos Arrancam o couro dos outros mais pretos que louros, os mouros Morenos, mulatos, pardos de papel passado presente futuro Mais que perfeito, em cima do muro, em baixo de murro No morro, na marra quem morre sou eu? Ou sou eu quem mata? Quem mata, quem multa, quem mata sou eu? Ou sou eu quem mata? Quem mata, quem multa, quem mata sou eu? Ou sou eu quem mata?