Sem corte, foda-se o repórter Cena forte igual Horst fotografando a morte Nossas lentes vão além do norte Karter no sudão, a fome não da ibope Somos a história das fotos Registrando os corpos dos mortos Derrubando trono de ossos Andando pelos destroços Enquanto tu perde o foto, eu continuo fotografo Igual a Herbert De Souza A arte com coragem expõe a verdade a quem ousa Abrir os olhos e enxergar os fatos Os ricos enchem o pratos e os pobres comem ratos Vendendo os filhos na estrada Campos vazios e a multidão sem casa Sem reforma agraria, sem pão, sem água Muito pior que sem terra, sem nada, nada, nada A história se revela Condena os ricos da terra O povo na miséria Eles na Nutella O pobre se rebela É fogo na viela Eles condenam a favela Oposição pra cela Foto congela Censura cancela Mas ele é eterna Sem moldura na tela Foda-se dispensa a maquiagem e também a pauta Somos a foto do massacre em Jallianwala A sociedade ainda adora os monarcas Paparazzi e a princesa assassinada Justiça é não termos distinções Classes, cores e religiões Quando colonizaram nações Escravizaram, assassinando multidões Belgas no congo A história contando Que o ser humano é o demônio Nosso papel vem pra lembrar Na era digital é muito fácil deletar Nosso foto é preto e branco pela morte em vietcongue Se fosse colorida era vermelho sangue Foto impressa hoje em dia é raridade Igual a nós, o rap de verdade A história se revela Condena os ricos da terra O povo na miséria Eles na Nutella O pobre se rebela É fogo na viela Eles condenam a favela Oposição pra cela Foto congela Censura cancela Mas ele é eterna Sem moldura na tela