Ei, isso não é exibição Numa pincelada ou na improvisada ganhamos a sua atenção Foi dada a missão Agora o foco não é profissional, e tão pessoal Escrevo essas linhas deitado e hidratado Desculpe se isso não soa normal Tô descansando depois de uma guerra Focado no beat, então só me erra Surfo no beat desse nosso feat que tá no repeat da minha galera No quadro emoldurado tem a minha vó com uma flauta de pã Tô tão elevado nesse resultado que hoje jantei com Tupã Pulando na, pulando na tua, pulando na bala Calma, que essa rima e cara Não se compara Se eu faturo no verso, no lucro eu compro um Opala Você desdenha e a gente desenha Somos artistas em uma resenha Prezando sempre pela excelência Virando sempre uma referência Se cê não corre não é problema meu Daqui a uns anos eu tô no museu Sendo exposto e o público perguntando, mano, como que aconteceu? Era um plebeu, que só pintava um quadro que se chamava interlúdio Sempre focado, trancado no quarto Rimando, cantando no seu próprio estúdio Ultimamente Eles tem me olhado um pouco diferente É por isso mesmo que eu sigo em frente Logo logo toco um outro continente Tipo algo novo mesmo inconsciente Algo que já para e entra na mente Algo que você sabe que mesmo sendo fútil Toda vez que escuta cê se surpreende Tipo, yeah! Fazendo história dentro de um quarto E fizemos esse quatro se torna um estúdio Vadia eu canto até sem bateria, só com essa sample eu faço interlúdio Já disse, esses mano tão me olhando Sempre me encarando Mesmo sendo fútil No final das contas é só nóis que soma É por isso mesmo que eu sempre fui útil Fazendo história E eu nem sou museu Esses mano tão na minha cola Acho que eles querem ser eu É por isso que eu tô na bala Mostro que ele se fudeu A sua ex te traiu, adivinha quem comeu?