Eu, caminhante do mundo Sou cria e rebento de verso e violão E entre embaraços e acordes Desato os enredos, pelo sim, pelo não E se o amor me gostar O amor é de quem tem Deixa assim como está Eu tenho muito mais pra guardar Que perdão pra esquecer Toda procura murmura Se muda, se ausenta, fecunda palavras Bate no peito, renega Tira leite de pedra Quando a dor pega a estrada Meu paraíso e ramada Tua sombra copada Vive em meu interior Um dia ainda solto as amarras Volto pra casa do jeito que for Tem coisas que só o tempo traz E a gente se refaz E aos poucos se desprende Segue estradeando, encharcando as vistas Pensarolando, criando trilhas E ritmado, descompassado Parte fraseado e o chão sente a porfia Ao ir-se embora Nada é pra agora, virou poesia