Uma falsa poética na cara do dia Uma ausência de ideias no vácuo do olhar Uma runha mesquinha escrita na fala Carunchando as pegadas de patas pro ar Tenho um estranhamento trancado no peito O verso embretado estradeando o poema Uma penca de loucos socando a canjica Ganhando a corrida rouco por dentro Uma estrada enluarada por quem não sabe passar A mágoa toca a palavra sem reclamar Depois das frases usadas, qualquer canhada é querência Qualquer mirada insentida vira canção A intimidade das trilhas é o rastro em desconstrução (Se nossas vidas têm idas e vindas Se nossas rimas têm cheiro de terra O meu andar tem alma, tem melodia, é regional)