Na garupa do meu flete Tropeando as cismas que apeei, Galopo a ira dos bretes E a vida que eu quero bem... Na solidão das canhadas, Na apuração da campanha, Afirmo o tranco na estrada Onde a razão me acompanha! Recolutando bem despacito Reminiscências que me sobraram, Acalentando pra o meu cambicho A dor que sinto desconsolado! (Se vai, a vida se vai, enrodilhando os aperos Que há tempos não uso mais... Se esvai, a vida se esvai, arrocinando a saudade Daquelas tardes no Rio Uruguai!) Bis Rebolqueando no potreiro, Cabresteando a várzea grande, Gineteio pros dois lados O mundo que vai por diante... Que faz do mundo volteada Da lida, poncho assoleado, Enveredando por frestas Mesclas de sonhos e afagos!