Mauro Moraes

Lira Nativa

Mauro Moraes


Sobrevive em versos, sobrevive em berços,			
Solidários vultos, ordinárias sombras.				
E a vontade oculta de acordar profano,			
Amanhecer nativo no desatino de agradecer o sono...										
Libertam-se guitarras, inventam-se porteiras,		
República de idéias, reduto familiar.							
As lagrimas vermelhas são longas cordilheiras	
Que o tempo, boleadeira, costuma sustentar.	
Por certo a lira lanhada em nervos	
Num potro negro semeara	
De tento sonhos na aflição de todos	
De culpar a sina e ver brotar	

Da palavra arte, a vontade xucra,	
Recordando nomes na razão dos homens	
De levar a vida...	

Se o canto criou muros e neles fez guerrilhas,	
O ontem deixou marcas que as vozes repudiam,	
Os frutos recolhidos dos filhos combatentes	
São mágoas, são sementes brotando do amanhã...

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