Uma boinita tapeada, uma prosa arrastando as garras Uma paz que amadrinha, uma baita vidinha e um chibo nas brasas É a luz picaneando o dom, no tom do bom do meu camperear É o sul encharcando os olhos no colo dos troços do meu milonguear É a vida guasqueando, apartando o refugo, metendo o cavalo É a saudade ajeitando um peçuelo, uns arreios, com o cusco do lado É uma penca de amigos lidando com o pinho compondo a jordada É uma réstia de sonho debaixo do poncho co´a alma emalada É um estância lindeira, uma rima grongueira, fronteira ao que faço É um mate bueno de estribo, uma palavra de tiro, um verso manso de baixo É o tempo cortando léguas, domando égua, enchendo a boca de pasto De um coração maturrengo, metido a sebo co´a poesia nos bastos De Uruguaiana a Santana Um fiambrezito nos tentos Um verso de fundamento E uma milonga campeira!