Olha aqui seu moço Faz tempo que eu torço Pra não chover Remendando o cabresto Eu faço meu tempo E tento viver O charque que eu tinha Atado no arame Pra ressecar Se empapou de porqueira Co´a lã das ovelhas Que tavam por lá A égua bragada Tem cisma d´água Até pra beber E a terneirada guacha Em vez de apojar as vacas Berra até encher O gado se atola Tudo me amola O troço é peleia Eu só acredito em doma Com o freio na boca De quem não corcoveia Não fosse a cuscada Esculhambando no galpão Eu enchia a barriga De rapadura e chimarrão Volteando uma canga Trançando um par de rédeas Consertando um buçal Entalhando um canzil O coração mata a pau!