Eu tenho uma palavra milongueira Musiqueira quase impossível de enfrenar Que às vezes num aparte de mangueira Milongueia até sangrar Escrevo quando alguém mangueia um verso Repontando a inspiração E aperto um mate junto à cachorrada Nas estradas do meu violão É a vida arreando aperos nos pelegos Pro serviço amanunciar É a alma me tirando do rodeio Pro sinuelo me levar! Eu ando emparelhando as rédeas Encurtando léguas Campereando no "más!" Eu ando sujeitando o meu cavalo Pra vidinha passar Enquanto a minha dor estiver lá! Enquanto o meu amor estiver lá! Eu faço poesia que nem louco E ensino o pinho a chorar.