Não rodei estradas pra colher lamentos Nem somei auroras pra ser como o vento Quis virar saudade num quinchar de esperas Pra sestear nas nuvens e acordar quimeras! Não tirei da estrada o solar das buscas, Nem cruzei caminhos com o olhar em rugas Fiz dos meus afagos portal pras andorinhas, E guardei só mágoas pra mostrar que eu vinha! E que venham cismas E milongas tortas Mas me deixem vivas As lembranças mortas Não domei o ontem pra semear eu mesmo, Nem guardei esporas só pra andar a esmo Fiz antes de tudo um galpão de estimas, Pra matear recuerdos e escutar a vida!