Quem sabe os gaúchos, os homens do sul, da serra ou missões Um dia por certo vão cantar para todos e falarem daqui... Quem sabe a campanha, a fronteira do pampa aqui do garrão Um dia por certo vai "guentar" o tirão e vai pensar mais em si... Quem sabe um dia as guitarras campeiras, entoem milongas Falando do campo, contando do sul, para o pago inteiro. E as nossas cordeonas acordem os vizinhos, que dormem a tempo Com sons de clarins, dizendo a todos um "buenas parceiro". O sul, um dia vai falar por nós, com toda a sua voz! O sul, um dia vai falar por nós, com a sua própria voz! "quem sabe um dia os cavalos crioulos aqui da fronteira, Esbarrem no norte erguendo poeira, com um freio de ouro... E o sangue dos pampas, dos dévons e angus Corra pelas veias do brasil central, parindo divisas, Além de outros touros". Quem sabe o rio grande vai servir um mate cevado a capricho Pra adoçar a alma dos que se extraviaram por toda a nação. E assim um campeiro alcance outro mate com jujos na água Recém camboneada do rio araguaia, pra palma da mão. Quem sabe o rio grande ensine a todos a força de um povo Que canta sua terra, que luta e trabalha e a conhece de cor. Quem sabe o gaúcho vai mostrar sua cara e por brasileiro Tapeando o sombreiro, lhe olhem de perto e lhe vejam melhor!