Quanta vez, neste mundo, em rumo escuro e incerto
O homem vive a tatear na treva em que se cria!
Em torno, tudo é vão, sobre a estrada sombria
No pavor de esperar a angústia que vem perto!

Entre as vascas da morte, o peito exangue e aberto
Desgraçado viajor rebelado ao seu guia
Desespera, soluça, anseia e balbucia
A suprema oração da dor do seu deserto

Nessa grande amargura, a alma pobre, entre escombros
Sente o mestre do amor que lhe mostra nos ombros
A grandeza da cruz que ilumina e socorre

Do mundo é a escuridão, que sepulta a quimera
E no escuro bulcão só Jesus persevera
Como a luz imortal do amor que nunca morre

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