De vez em quando você fala manso Balança as veias do meu coração De vez em sempre você faz Com que tudo pareça uma alucinação Seus olhos vão buscando lá no fundo Coisas que a minha boca nem falou E quando eu vou dizer as coisas que eu sinto Você diz que já adivinhou Vem do além Essa força esquisita que existe Mas nem todo mundo tem Vem de nós Esse lume que clareia as nossas vidas E nos faz perder o trem A nossa história logo se repete Lá estamos nós de novo na estação De malas feitas, esperando o apito do trem Que vem varrendo o chão Nós somos dois bichinhos soltos num dilúvio Mas pra nós dois nunca faltou a fé Quem sabe um dia, apareça das montanhas Um outra Arca de Noé, de onde vem?