Olho pra traz e vejo o que a vida proporcionou pra mim Fleches do meu início, do meio, mas não do fim Do tipo macaco velho que não bota a mão em cumbuca Já passei por bons-bocados, não caio mais em arapuca Resgato nas lembranças onde não se tinha prazo Eu lembro que o passatempo era colecionar tazo Já disse o DMN, não é fácil cê homem de aço Não há espaço, pros cara que torra, góra e nos afronta Minha base vem de anos, minhas frases já te desmonta Percorro o caminho onde o vento me aponta Tic-tac não para, cara, cheguei nos 25 Sou base de rima rara, já passei da base de zinco O tempo é rei, a vida uma lição, nós sabemos O antes sempre é bom, só agora que percebemos Dê valor a quem realmente com ti se importa Ponteiro corre e mostra pra quem devo abrir a porta Muitos julgam-se amigos, os anos pede que exporta Drummond fez me entender que O Amor Bate Na Aorta Ahhhhh, que tempo bom que não volta nunca mais Maluco sigo sagaz, fugir da luta, jamais O tempo voa, sua vida passou Você não levantou e o despertador tocou Ponteiro não parou, não, não parou Sigo escrevendo, poeta da madrugada sou E eu sigo, sigo descartando o ódio Que tenta segura no ponteiro do meu relógio Tenta roda pra trás, rebobina e traz, mesmo problema Em diferentes episódios, me fazendo custódio De brisas passadas, de certas intrigas Palavras mal faladas, frases mal concluídas Quantas vezes eu fiquei, querendo partir Quantas vezes eu gritei, devendo ouvir Pro tempo me mostrar, relatividade em como derrama a sua areia Curto, pra quem tá com todas as fichas que deseja Infinito na aflição, ansiedade, o que seja Orgulhoso sempre do que boto na mesa Apenas seja na certeza esteja No horário certo, não se atrasa Não demora O trem passa vida e hora Hora é vida, não jogue fora Palavras desperdiçadas, quem não se arrepende De encruzilhadas que no passado te prendem Cada minuto é único faça o que bem entende O tempo voa, sua vida passou Você não levantou e o despertador tocou Ponteiro não parou, não, não parou Sigo escrevendo poeta da madrugada sou De tempo ao tempo, mas não perca tempo cara (É, não perca tempo, cara!) Mesmo que lento, cada passo uma ferida sara Tô no momento em meu divã, nostralaje dispara Destino templo Yin-Yang, sssss o tempo para Vivo o agora, sonho a frente, flash back Há tempos resisto, nisso penso, logo, existo Tem vez que assisto, vez que atuo, vez que deixa disto Deixei de ser, ainda sou, quem é sabe o que eu visto Bom mau exemplo há tempos, no espaço muito bem quisto Bons momentos relembro, e outros que não compreendo Lembro também do, do quanto o tempo é nocivo Manda e desmanda em quem desanda, jaz o inofensivo Fechei o tempo, a conta, e aposto asveiz no flow ofensivo Da um tempo, meu tempo nem cabe no seu swatch, amigo Tempo implacável vivo, tempo amigável vivo De volta pro futuro, acelero na pista De lado na curva, me perde de vista Sem tempo pra nada, se não minha família, minha mina Os moleques, meu rap e minha sina De cair pra cima, quando é sai de baixo Buscar e voltar pra dizer o que eu acho Quando tiver tempo eu te dou o papo Passando meu tempo, meu tempo eu faço E aí dahora, sabe onde, né?