Sou erva daninha Velha praga que o progresso quis vacinar Parasita, piolho da terra Barba rala, moitado a cismar Existe tanta rasteira Desprezo, rolo compressor Anti-heroi, tribal e selvagem Finco as unhas no interior Não desencano de meu sonho Da minha terra eu não arredo o pé E´ razão da raça rustica Meus fios de bigode não são de um qualquer Nhô chico falou, nhô chico lhe disse Que gente do mato não é sapato No rumo que tem valia Sou carcamano mestiço, mulato Não tenho modos Mas tenho modas Tenho a viola aqui dessa magoa Não tenho modos Mas tenho modas Minha viola é minha espada Não tenho modos Mas tenho modas Minha viola aqui dessa magoa Minha viola é minha espada E quem achar que tá errado Se tiver incomodado Que vá pras terras estrangeiras Vá pra lua Vá pro inferno Mas deixa o caboclo em paz