Eu sou, eu sou, eu sou, eu só Nessa caverna eu sou mais o morcego Cego e curto como todo mundo Perdido na floresta de sons E onde estou é sempre fundo E eu agora, minha pele ao fundo Coisa que sou, eu sou eu só Por tudo canto como todo mundo Sempre nesse cu de Judas Valente de quem todos tem dó Perdido no eu, no breu, no eu Sem rumo topo nos mesmos muros Loteria de quem perdeu Comprando migalhas de futuro E o mundo tem seu preço E é escuro Só e fudido como todo mundo Cego sob o sol, sindico do escuro Evita lavrar a ata Na dor gerar esse fundo Nada fácil, com cinco mil patas E eu agora minha pele ao fundo Coisa que sou, eu sou eu só Por tudo canto como todo mundo Sempre nesse cú de judas Valente de quem todos tem dó Só eu, só eu, sou só Eu sou, eu sou, eu sou só Sou eu, sou eu, eu sou só Eu sou, eu sou, eu sou só