Daqui enxerga as ruas que moldam a vista lá do morro E vê as pessoas, casas, tiros, furtos e mais seja o que for A vida aqui parece tão estranha Tão superficial, às vezes tão imoral Para muitos sempre igual, mas afinal O que temos são apenas os olhos Me torno a ver acima o céu, além das nuvens para o espaço O infinito escuro e claro, e este lugar é tão antigo Velamos por princípios sem nenhuma importância Por tolice ou arrogância, medo, ignorância E como fica a simplicidade? Quando o que é mais simples Não importa nada para você Se vê na televisão Vai logo fazer igual Já que o cool é ser estrela As pessoas se afastaram por falar tanto e não saber ouvir Não saber esperar o outro e nem saber discutir Política aqui feita sem saber opinar Sem saber argumentar, sem saber organizar Só na demagogia, tampouco lendo E num país que a educação É só fazer o dever Fixar ideias na cabeça Para depois esquecer E para que serve pensar? Vivemos em um país Que nunca sai do chão Cujo decreto é a corrupção Uma piada no exterior