Florzita branca do campo Que peleou na madrugada Pra enfeitar a manhezita Ao clarear desabrochar Qual a saudade de alguém Que volta por quase nada Cuido, de cima do zanho, E vejo teu jeito pleno, Parece que abre os braços, Põe um pala de sereno, Soma a essência do pasto, Pra arreglar um cheiro bueno Traz o aroma veraneio Sempre que o vento te atiras És pequena e traiçoeira Encantas a quem te mira Tipo do encanto bandido Que dá algo e depois tira! Me judiaste ao tentar Te colher, simples florzita Como pode a flor mais linda Ter silhueta tão maldita? Mas o espinho te condena A viver sempre solita! Parece aquela que um dia Achou meu olhar perdido Floreou e assim, sem pena Na investida, “nego” estribo Talvez tenha esta guaina Alma de juá florido!