Num corpo de menina faceira, grão de areia Guarda o meu espírito infinito e limita-o Testa-me com vícios e sacrifícios Dores, amores e desperdícios Num corpo de menina faceira, grão de areia Guarda o meu espírito infinito e limita-o Testa-me com vícios e sacrifícios Dores, amores e desperdícios Você chora pelo ego perdido Eu choro por não me lembrar Dos amores vividos e ressentidos E do cheiro do meu grande amor Você chora pela carne podre Eu choro pelo menino que não soube Que o queria tão bem também Por que guardei tanto pudor? Você chora por tantas cobranças E por todas nossas diferenças Eu choro todo dia da criança Por não ter mais minha inocência E por mais que eu escale o Everest Una todas nações, acabe com as pestes Você pode ter certeza, não sou deusa Eu sou grão de areia E por mais que eu pise em Marte E ache a pílula da imortalidade Você pode ter certeza, não sou deusa Eu sou grão de areia Num corpo de menina faceira, grão de areia Guarda o meu espírito infinito e limita-o Testa-me com vícios e sacrifícios Dores, amores e desperdícios Num corpo de menina faceira, grão de areia Guarda o meu espírito infinito e limita-o Testa-me com vícios e sacrifícios Dores, amores e desperdícios