Meu amigo, Neandertal Depois que você sumiu da minha espécie Muitas coisas mudaram E enfim, os humanos dominaram Os bens naturais do planeta Terra Conquistou Desbravou Transformou Invadiu Dominou Se apossou Trapaceou Destruiu Sabe as árvores frutíferas Onde os primitivos tiravam Só seus frutos para colheita? Hoje o que é só visto como importante É o lucro dado por suas madeiras Com elas se constrói móveis Se usa elas para a construção de casas As florestas inocentes são desmatadas E ainda se quer que a natureza fique calada Conquistou Desbravou Transformou Invadiu Dominou Se apossou Trapaceou Destruiu As matas são tidas como inimigas Na busca do desenvolvimento Enquanto antes eram grandes aliadas Na busca do alimento e do acolhimento No lugar das árvores construiu-se prédios Prédios e prédios, mais e mais construções Feitos com recursos naturais E dificilmente se faz reposições Meu amigo, Neandertal O homem acha que o mundo é seu Que as suas leis o planeta deve obedecer Esquecendo que a natureza não pode ir mais no ritmo Que ele se acostumou a viver E Ela grita por socorro Diz que sua morte está perto de chegar Mas a maioria a ignora E acha que o importante é Ela explorar Meu amigo, Neandertal Os recursos naturais De uma certa forma são devolvidos Transformados, são descartados Em forma de lixo Conquistou Desbravou Transformou Invadiu Dominou Se apossou Trapaceou Destruiu A água antes usada para matar a sede Agora tem outra utilidade Também é depósito de lixo O que diminui bastante sua qualidade O ar que respiramos Também é usado para outros fins Nele se descarta fumaça Das fábricas que os humanos Adoram construir E destruir o que Deus fez Meu amigo, Neandertal Nas fábricas se transforma matérias-primas Em maravilhas de consumo Que a vida humana facilita Sendo essas maravilhas A desenfreada cobiça Da maioria do mundo Conquistou Desbravou Transformou Invadiu Dominou Se apossou Trapaceou Destruiu