Eu me arrependo desde o primeiro dia Que vacilei e pus o nariz aonde não devia Fui no embalo confesso que fui fraco Há anos que eu tinha deixado as puli errada de lado Mas me deixei levar ouvi sem questionar Tinha tudo pra da certo como pude estragar Fui um otário em acreditar Você é o piloto e sabe quando parar Mentira da farinha veio a pedra e levou minha vida Tirou tudo que eu tinha roubou minha alegria Ah se você visse o Chevrolet que eu tinha Um opalão sete um doido mó relíquia Tudo original dos banco ao motor Mas fumei tudo dei na mão dos passador Minha TV meu DVD como fumaça evaporou Vuuuu meu patrão me dispensou Mas a casa caiu quando minha mina foi embora Quando lembro do rosto dela até minh’alma chora Linda até umas hora firmeza até umas horas Aonde deve ta ela e o meu filho agora? Filho que falta tenho do seu rosto lindo Há quanto tempo não te vejo que saudade sinto Mas quanto mais longe de mim você tiver é melhor Seu pai agora é um verme digno de dó Será que tenho chances de recomeçar? Será que a minha mina pra mim vai voltar? Será que a pedra eu vou conseguir deixar? E o rosto do meu filho será que vou beijar? Pô nunca pensei que isso fosse acontecer Deixei me levar deixei me envolver Menos de um mês eu já era dependente Seco só o pó feio e deprimente E por ela fiz coisa que nunca imaginei Trafiquei só num matei também roubei Sempre atento à procura de um varal Se pa num quintal um botijão é mil gral Câmera digital, celular se marca Era inevitável nas boca ia parar Vinte e quatro horas pensando como agir Como adquirir um pouco pra consumir Era mais forte que eu não consegui me controlar Até minha coroa eu cheguei roubar Por droga fiz fita que nem gosto de lembrar A alma que parar, mas a carne se alimentar Ó dei mó mancada com os dono de boca Me deram mó ripa quebraram minha boca Moral autoestima já não faz parte de mim Maldita pedra que me deixou assim Dias sem banho como eu cheirava mal Através dela o diabo me jogou num lamaçal Me lançou na escravidão das drogas e tal Decretou meu atestado de óbito o meu final Será que tenho chances de recomeçar? Será que a minha mina pra mim vai voltar? Será que a pedra eu vou conseguir deixar? E o rosto do meu filho será que vou beijar? Ei, Brown sangue bom aqui também daria um filme E a trilha sonora um violino bem triste Choro e gemido digno no Supercine Um só viciado família inteira em crise Tentativas sem sucesso resultados frustrados Numa pa de casa de recuperação fui internado Minha coroa lutou correu atrás fez de tudo Na nóia de fumar eu dava o pé ganhava o mundo Abandonava o tratamento e me entregava ao veneno Mendigo andarilho só questão de tempo As bituca de cigarro aliviava o meu vício As pessoas me olhavam como se eu fosse perigo Sou um pobre coitado não ofereço nem um risco Sou o mal pra mim memo só me prejudico Quase me matei através do cachimbo Por o amor de Deus é que hoje eu to vivo Valeu pastor muito obrigado pelo livro Eu lá deitado nos jornal que nem um bicho Ignorou o meu cheiro venceu o preconceito Disse que Jesus no meu problema ia da um jeito Obrigado pelos pano, valeu pelo banho Deus falou comigo quando nós oramos Já faz quinze anos que minha vida mudou Pela graça de Jesus a pedra não me matou Será que tenho chances de recomeçar? Será que a minha mina pra mim vai voltar? Será que a pedra eu vou conseguir deixar? E o rosto do meu filho será que vou beijar?