Ai que saudade da beleza democrática Ai que saudade do sorriso progressista Ai que saudade de ouvir certas verdades Que a burguesia sempre pensa mais não diz Ela era crooner de uma orquestra sistemática Feita de loucos de poetas e porristas Era a estátua nacional da liberdade Ditando a lei do ventre livre no país Aquelas noites eram feias, eram trágicas Mais sua luz anunciava o diretriz Comportamentos mais abertos transparentes Pra nossa gente ser mais gente e mais feliz Hoje a saudade escreve os versos neste samba Que é um dos sambas mais sentidos que eu já fiz Esta saudade tem um nome E um sobrenome Esta saudade é uma mulher Leila Diniz