Quem nunca plantou, em terreno seco não vai compreender As desilusões do que nunca vingou Mesmo na bravura tentando se erguer Vem, dê-me sua mão, sigamos a luz rumo aquele farol Naquele horizonte é possível chegar, sem escuridão Tentar saltar além Com as lágrimas molhando o chão Tudo acaba assim Tudo acaba assim, tudo acaba assim afinal? Sei exatamente como é Querer se afirmar em busca de valor Como dói sorrir de joelhos no chão Juntando fragmentos que ainda restou Cicatrizes sangram por trás Que nem mesmo o tempo conseguiu curar Mas não acabou, não acabou, não foi em vão, não Construo ambições e desejos, em sonhos tão solitários Imaginações vão além, dos futuros incertos roubados Ao longo da estrada se fazem caminhos e valas Mantenho a jornada e as raízes do meu próprio ser Bem sei os desertos pérfidos que atravessei E o medo que indica o caminho em falsas direções Às margens do desejo Frente aos limites que barram as passagens Na escassez lamentável E o tempo varrendo os meus sonhos daqui Seguir ao encontro de tudo com a luta Que insiste e o cansaço que bate A fraqueza que incide, a esperança que ilude E a aflição que absorve o sofrer Sei exatamente como é Querer se afirmar em busca de valor Como dói sorrir de joelhos no chão Juntando fragmentos que ainda restou Cicatrizes sangram por trás Que nem mesmo o tempo conseguiu curar Mas não acabou, não acabou Não foi em vão, não não não não não não não