Fui eu, fui eu, que preguei as teabuas do meu barracão Fui eu, fui eu, que preguei as teabuas do meu barracão (bis) Eu sou filho desta terra, aqui nasci e fui criado Alguns me chamam de excluído, outros me chamam de coitado Consegui uma carroça, e fiz dela minha profissão A minha maior alegria, foi carregar as tábuas do meu barracão (refrão) Na ordem natural das coisas, eu sou a minoria Que no desenho da pirâmide, representa a maioria Eu empurro minha carroça, rumo ao topo da ladeira Que parece ser tão pequena, junto a sombra da mangueira (refrão) Ao findar de cada dia, o aconchego da família O feijão já está no fogo, e o mingau da minha filha Apesar do sofrimento, eu não culpo os culpados Pois acredito em Nossa Senhora, e no Bom Jesus dos desempregados