E por ter aceito o desafio De cantar você bem mais distante Armo esta cantiga à voz a fio Estou me preparando horas a fio Coração de molho no curtume Pra ganhar a coura que careça Visto que daqui a minha ausência É lasca de paixão que fere a beça Gosto da imprudência do destino De indicar caminhos às avessas Tem um lado meu muito traquino Que não vive isentos dos caminhos E esse lado meu, lado travesso Lado de duende na floresta Vive, eqüidistante, entre o menino E a necessidade do poeta Vou levar no cós uma cabaça E nessa cabaça, a sua essência Gosto de cantiga na goela E um buquê de estrelas na cabeça Vou levar no bojo da viola Todos os meus anos de floresta E, no abismo roxo da sacola O poder de bicho que me resta