E tudo me foi negado Desde a hora em que partiste Deixaste um peito fechado A corrente e cadeado Para que ninguém o abrisse Deixaste-me os dias tristes As noites longas em vão E não contente feriste A ave que me resiste No alto do coração Se essa tua mão fechada Não me obrigasse ao castigo De ver a vida parada Entregue a tudo e a nada Em liberdade cativo Entre a dor e a agonia Vivo a minha condição À espera que tu um dia Numa espécie de alforria Libertes meu coração