Com ares indiscreto e roupas coloridas Na calada da noite na grande avenida Linda mariposa vendendo amor Eis mocinha simples do interior Alguém sem escrúpulo e sem coração Não disse a ela o que é o paredão Falso explorador com gesto mesquinho Só disse a ela de amor e carinho. Eis o quadro triste que apresenta a vida Da pobre mocinha que está sem guarida Eu olho e não vejo qualquer solução Eu quero e não posso estender-lhe a mão. Quando ela adormece num quarto de hotel Acorda assustada que sonho cruel E vê que no sonho não é mariposa E rainha, do lar senhora e esposa. Assim ela vive com a mente ferida Sorrindo e chorando na grande avenida Querida por todos e tão desprezada A espera do tudo ao rumo do nada.