Nasci em meio a poesia Entre versos, prosas e rimas Busquei na dança a mais plena forma de expressão Fiz de minha arte um manifesto de libertação É maracatu! Dancei jongo em rodas de capoeira É maracatu! Dancei maxixe e uma vida sertaneja A guerra não me calará Meus sonhos não sucumbirão na areia Odoyá! Te peço, oh mãe Iemanjá! Guie meus passos, oh! Deusa sereia! Do meu ventre vem a emoção Que se traduz em um bailado de sedução Sou o Brasil, reflexo de miscigenação Fui índia, fui negra, resistente Aplaudida de pé por presidentes! Exaltando a nossa Pátria querida Da luz da ribalta para avenida A Salomé chegou! E nessa dança lundu ela encantou Como num conto de fadas um novo mundo nos traz Meu nome é Eros e estou em cartaz Folguedo Caipira é arte Dançando exalo inspiração O meu touro negro nesta avenida Dá show de beleza, brilho e paixão