Já andei três dias e três noites, Pelo mato sem parar, E no meu caminho não encontrei, Nenhuma caça pra matar, Só escuto pela frente, pelo lado, O Curupira* a me chamar, Ora aqui, ora lá, Se escondendo sem parar, Num só lugar... Por esse danado, muitas vezes, Me perdi na caminhada, E nem padre-nosso me livrou, Desse danado na estrada. Curupira, feiticeiro, Sai de trás do castanheiro, Pula pra frente, Defronta com a gente, Negrinho covarde, matreiro, Deixa o caboclo passar.