Nunca mais vi as estrelas que vi Entre serras, rios, matas, enfim Na minha alma toda luz Pela estrada o caminhão A caravana atravessando o sertão Meu pai sempre me levava pra ver Esse sonho de menino acontecer O coração agia ali No sentimento da razão A caravana atravessando o sertão E o segredo da lembrança Quem é que tem Passa o tempo e a memória mantém Essa velha caravana que vai Nas estradas que o sonho não sai Quando o sol e chuva se encontrarem Numa curva do horizonte, sempre Celebrando as cores de um sertão Como que solto no espaço fosse Quando algum menino relembrar Os rios, serras, as estrelas, matas Estará de novo no caminho A caravana e um abraço doce.