Carretel desenrolado No labirinto do lábio Na boca desembolada Dedos dédalos de nada Na boca desembolada Dedos dédalos de nada Carretel desenrolado No labirinto do lábio A viola violada No dia a dia danado Na marca que deixa o dente Dente que deixa dentada Dentada que deixa dor Ai dentadura danada Coitado do cantador perdido No dedilhado desacatado Na rima mete a viola No saco para ela ficar calada Dedos dédalos de nada A direção do destino E a viração do ditado O dito pelo não dito E o mundo sem cadeado No peito do cantador O lance do novo dado Quem queria tudo isso Foi pelo dedo apontado Ficou perdido na fala Entre o ser e o não ser nada No labirinto do lábio Na boca desembolada Carretel desenrolado No labirinto do lábio Na boca desembolada Dedos dédalos de nada Na boca desembolada Dedos dédalos de nada Carretel desenrolado No labirinto do lábio Perigo sobre perigo Tramela tranca e trancada Na trama do trava língua Cuidado sobre cuidado Não esqueça quem falou Do lance do novo dado Da direção do destino Da viração do novo ditado Do teclado saiu tiro E o brilho do dedilhado Já fora do labirinto Carretel desenrolado