Marcos Violeiro e Adalberto

Porteira do Adeus

Marcos Violeiro e Adalberto


Lá na porteira onde despedi
De minha amada, eu fiz um sinal
O nome dela e também o meu
Eu escrevi com a ponta de um punhal

Foi a lembrança que ali deixei
Ela jurou que me esperaria
E a porteira entre nós bateu
Foi para sempre, porém não sabia

Bate porteira bate na minha solidão
Sua batida dói, dói no meu coração
Pois ela me esqueceu, ela não me esperou
E a porteira bateu o fim do nosso amor

Foram-se os tempos e muitos janeiros
E a porteira foi envelhecendo
Sua madeira hoje corroída
Também os anos foram me vencendo

Porém o tempo ainda não deu fim
Aos nossos nomes no mourão gravados
Recordação de uma despedida
De um grande amor que não foi consumado

Bate porteira bate na minha solidão
Sua batida dói, dói no meu coração
Pois ela me esqueceu, ela não me esperou
E a porteira bateu o fim do nosso amor