Esse nervoso é que me mata Essa ausência, essa falta de você é que destrói Esse nervoso é uma bola colorida É uma pata de cavalo de corrida É uma maçã, um Adão É uma neurose, uma curtição Uma cerveja pra pagar Um fumo fino pra fumar Um novo beijo a se pedir Esse nervoso, essa vontade de partir Parece até que nem sou eu que tô aqui Essa chuva me acalma Mas enerva o outro eu E me mistura com o seu e me alaga de agonia Esse nervoso é uma porcaria Eu não queria nem nascer se não nascesse pra você Não queria nem pedir pra você ficar, pra num partir Esse nervoso é assim, um desbunde total Nem me faz bem, nem me faz mal É minha brisa, é vendaval Eu vou organizar um plebiscito Se disser não, eu não me cito Se disser não, aí me calo Ergo a cabeça e me embalo na fumaça num estalo E lá vou eu de bobo em frente Não me enfrente que na ira sou serpente Mato, firo, como e faço Como eu faço, nem eu sei Sei que na hora dos meus grilos Eu partilho docemente com os seus E você, só de fricote tomou banco e chicote Só pra se mostrar mais forte que eu Mas isso eu sei, isso eu sei Curte a sua, eu curto a minha Parta o nó, eu parto a linha Acabou tudo que tinha Vou partir pra outra você Melhor pra mim Melhor pro meu Bem mais melhor pro seu